Os Espíritos Durante os Combates
Nas guerras, acontece de também os Espíritos tomarem partido. É assim que os antigos nos representavam os deuses tomando partido por este ou aquele povo. Esses deuses nada mais eram que os Espíritos representados por figuras alegóricas (LE 541). Ora, existem aqueles que são bons e apoiam o lado da justiça, ao passo que os maus, os que alimentam sentimentos inferiores, comprazem-se em participar da discórdia e da destruição.
Pactos
Não existem, verdadeiramente, pactos, pois estes consistem em se dar algo, obtendo determinada coisa em troca. O que existe, de fato, são pessoas de má natureza, que simpatizam-se com Espíritos inferiores. Na verdade, pode acontecer de uma pessoa que não se simpatiza com o vizinho e deseja prejudicá-lo, chamar por Espíritos inferiores, os quais identificam-se com ela pelo desejo de praticar o mal. No entanto, isto não significa que o vizinho não possa livrar-se deles por meio de bons pensamentos, de preces e de uma vontade resoluta. Por outro lado, aquele que assim pediu auxílio aos Espíritos inferiores fica, então, obrigado a servir, pois estes também necessitam dele para o mal que queiram fazer.
Poder Oculto
A crença de que alguém possa ser dotado de poderes mágicos deve ser excluída da mente de pessoas sensatas. Somente aqueles que são supersticiosos, ou ignorantes das leis da natureza, podem admitir a existência de criaturas com poderes sobrenaturais. Tais poderes, portanto, referem-se simplesmente à ação natural dos fluidos magnéticos, cuja intensidade varia não só de indivíduo para indivíduo, mas principalmente da condição moral de cada um. Na realidade, algumas pessoas têm um poder magnético muito grande, do qual podem fazer mau uso, se o seu próprio Espírito for mau. Nesse caso poderão ser secundadas por maus Espíritos (LE, perg. 552).
Talismãs
Os fatos narrados como prova da existência de poderes são naturais, porém, geralmente mal compreendidos. Ninguém possui fórmulas e práticas, mediante as quais possa dispor-se do concurso dos Espíritos. Todas as fórmulas são charlatanice; não há nenhuma palavra sacramental, nenhum signo cabalístico, nenhum talismã que tenha qualquer ação sobre os Espíritos, porque eles são atraidos pelo pensamento e não pelas coisas materiais (LE, perg. 553).
No entanto, aquele que, com ou sem razão, confia naquilo a que se chama poder de um talismã, pode, por essa mesma confiança, atrair um Espírito, porque então é o pensamento que age: o talismã é um signo que ajuda a dirigir o pensamento (LE, perg. 544). Neste caso, a natureza do Espírito atraído depende da pureza da intenção e da eleva ção de pensamentos. No entanto, qualquer que seja o caso, esse tipo de crença indica estreiteza de ideias, que podem dar azo a Espíritos imper feitos e zombeteiros.
Feiticeiros
Feiticeiros são pessoas que desfrutam de certas faculdades, tal qual a força magnética ou a dupla vista. Fazendo coisas incompreensíveis ao vulgo, essas pessoas são tidas como portadoras de um poder sobrenatural. Muitos sábios e grandes vultos da história foram tidos como feiticeiros aos olhos dos menos favorecidos, como é o caso de Joana D’Arc.
O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma infinidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu muitas fábulas, em que os fatos são exagerados pela imaginação. O conhecimento esclarecido dessas duas ciências, que se resumem numa só, mostrando a realidade das coisas e sua verdadeira causa, é o melhor preservativo contra as ideias supersticiosas, porque revela o que é impossível, o que está nas leis da natureza e o que não passa de crença ridícula (LE, perg. 555).
Bênção e Maldição
Jamais a maldição pode atingir alguém, se este não merece. Como temos as tendências opostas do bem e do mal, pode nesses casos haver uma influência momentânea, sobre a matéria, mas essa influência nunca se verifica se não se lhe oferecer sintonia. Mais frequentemente se maldizem os maus e bendizem os bons. No entanto, a bênção e a maldição não podem jamais desviar a Providência da senda da justiça; esta não fere o amaldiçoado se ele não for mau, e sua proteção não cobre aquele que não a mereça (LE, perg. 557)
Ocupações e Missões dos Espíritos
Ocupações
Todos os Espíritos de certa forma contribuem para a harmonia do Universo. É assim que também a vida espírita é uma ocupação contínua, mas nada tem de penosa como a da Terra, pois não está sujeita à fadiga corpórea nem às angústias da necessidade (LE, perg. 558).
Todos os Espíritos têm deveres definidos a cumprir, inclusive os inferiores que têm um papel útil no Universo. Possuem atributos especiais de conformidade com a bagagem evolutiva; todos devem, assim, percorrer os diferentes graus da escala para se aperfeiçoarem. O mesmo raciocínio que leva o médico, o advogado, o engenheiro, o dentista, o marceneiro etc. a buscar elementos básicos de conhecimento para o melhor exercício da função escolhida, é válido também em relação às tarefas espirituais.
Espíritos Evoluídos
Os Espíritos de maior evolução, que já atingiram a perfeição espiritual, não ficam na ociosidade, o que seria para eles um verdadeiro suplício. Suas ocupações consistem em, ao vivenciar em si mesmos as leis de Deus, transmiti-las por todo o Universo e velar por sua execução. Eles são encarregados de dirigir, nos diversos setores evolutivos do gênero humano, tarefas específicas que objetivam contribuir para o trabalho-tarefa grandioso de impulsionar o progresso. Através desses bons Espíritos, são executadas as tarefas necessárias à recuperação da humanidade e do planeta, para que tudo evolua dentro das leis sábias do Criador.
Espíritos Inferiores
No caso dos Espíritos inferiores, esses também têm ocupações apropriadas à sua natureza. E se alguns optam pela ociosidade, expiarão sua inutilidade, mas esse estado é temporário e subordinado ao desenvolvimento de sua inteligência. Certamente que os há, como entre os homens, vivendo apenas para si mesmos; mas essa ociosidade lhes pesa e cedo ou tarde o desejo de progredir lhes faz sentir a necessidade de atividade, e são então felizes de poderem tornar-se úteis (LE, perg. 564).
A Doutrina Espírita ensina que a morte do corpo não santifica ninguém. Cada um continua no plano espiritual exatamente aquilo que é, com suas qualidades e defeitos, ignorantes ou sábios.
Espíritos Missionários
Amar e servir são as diretrizes do Espírito que anseia alçar vôo para a perfeição. Dividindo a felicidade com outros, o Espírito que se compraz em servir a Deus vivencia uma alegria e um bem-estar indefinivel.
Reconhece-se o Cristão Pelas Suas Obras
“Nem todos os que me dizem: ‘Senhor! Senhor!’ entrarão no Rei no dos Céus, mas somente o que faz a vontade de meu pai que está nos Céus” (Mt 7:21).
Não basta apelar para Jesus, exclamando “Senhor! Senhor!” quando não se seguem os preceitos por ele ensinados. De nada adianta implorar a ajuda de Deus, se não se busca melhorar e superar a si mesmo, se não se torna mais caridoso, nem mais indulgente com os semelhantes. Não são cristãos verdadeiros aqueles que apenas se comprazem em atos exteriores de devoção, ou que se encastelam nas muralhas do egoísmo, do orgulho, da cupidez e de outras paixões degradantes, ou que não fazem nada por ninguém.
Cristão não é um rótulo, mas uma vivência. O Evangelho não é para ser lido e guardado na estante; ele tem que ser vivido, aplicado em toda a vida de relação. Para se tornar um cristão digno de ser chamado como tal é imprescindível revelar-se pelas suas obras, em qualquer circunstância da vida.
Quando Jesus afirma que reconhece-se uma boa árvore pelos seus frutos (Mt 7:20), é indispensável questionar quais os frutos que produzimos, e se beneficiam de fato nossos irmãos. As diversas encarnações representam oportunidades vastíssimas para a prática do bem, cabe a nós gerarmos os frutos e transubstanciá-los em natureza divina.
Este é somente um breve resumo da aula. Escute o áudio completo com toda a aula narrada e uma breve explicação minha ao final de cada parte.
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