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Batidas na porta

batidas na porta

Laurinha conversa com seu pai:

– Você sabia que os espíritos começaram a se comunicar por batidas na parede? Isso deve fazer muuuuito tempo!

– Sim, sabia. Onde você aprendeu isso?

– Aprendi na aula de evangelização infantil.

– Muito bom, você saber disso.

– Agora eu sei que eles batiam na parede para as meninas ouvirem. E elas eram muito novinhas. Você sabia?

– Sim, essa história é muito interessante…

Laurinha queria contar tudo o que sabia e interrompeu seu pai, dizendo:

– Daí, pai, eles inventaram um código com as batidas. Faziam perguntas e os espíritos respondiam sim ou não.

– Depois eles…

E Laurinha interrompeu seu pai novamente:

– Eu sei, eu sei! Elas contaram para os pais, que começaram a perguntar e a ter respostas também. Depois, pai, combinaram batidas diferentes para cada letra e começaram a formar palavras. Isso demorava um tempão. Vinha gente de muitos lugares para verificar, até descobrirem que era verdade mesmo e que um poderia ajudar o outro.

– Isso mesmo! Parabéns. Aprendeu direitinho.

– É pai, e isso começou a acontecer em várias partes do mundo e muito mais pessoas começaram a ir atrás para entender. Isso foi legal para o espiritismo, né?

– Foi sim. Despertou para que as pessoas soubessem que existe vida depois da morte. Tudo começou assim, pelos fenômenos, Laurinha.

– As batidas dos espíritos, não é?

– Sim, as batidas.

– Então posso chamar a dona Mirtes de espírito!— explica Laurinha reflexiva.

– Por quê? – pergunta o pai intrigado.

– Porque ela sempre bate na porta. Nunca toca a campainha!

— Laurinha!!!! — manifesta-se o pai, com cara de bravo.

— Espírito encarnado, pai!

Texto do livro: Tem espíritos no escuro?

 

Para saber mais:

Em 1848, espíritos começaram a se manifestar por meio de pancadas. Os fenômenos passaram a acontecer na casa da família Fox, num vilarejo de Nova Iorque (EUA), através das jovens irmãs médiuns Katherine, Leah e Margaret.

 

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