Na palestra do centro espírita as crianças ouviram uma palavra diferente “bônus-hora”. O palestrante dizia sobre a importância das boas atitudes na Terra, para o acúmulo do bônus-hora no plano espiritual. Explicava também sobre o merecimento das pessoas que tinham boas intenções
As crianças não compreenderam direito aquela explicação. Silvia perguntava aos colegas:
– O que é esse negócio de bônus-hora?
– Deve ser dinheiro – respondeu Pedro.
– Dinheiro? Mas minha mãe sempre diz que não levamos dinheiro quando morremos.
– Minha mãe também fala isso. – interviu Lucas.
– Então deve ser alguma coisa parecida. – disse Pedro.
– Eu acho que é um dinheiro espiritual. – Cida arriscou.
– Dinheiro espiritual? – disseram todos.
– Eles devem ganhar dinheiro pra fazer compras lá. – retornou Cida.
– Mas lá não precisa comer nem comprar roupas. – lembrou Silvia.
– É mesmo. – Cida refletiu.
As crianças debatiam o assunto, quando a professora da evangelização infantil passou por eles.
– Professora! – chamou Lucas.
E ela prontamente parou para atendê-lo.
– Oi, Lucas.
– Professora, nós não entendemos o que é bônus-hora.
Ela iniciava sua explicação sobre o termo quando Pedro falou:
– A Cida acha que é dinheiro espiritual.
– É uma moeda simbólica, uma espécie de crédito que ganhamos quando fazemos alguma coisa boa aqui na Terra, então quando chegamos lá temos alguns bônus-hora acumulados.
– E quanto vale um bônus-hora?
– É um ponto relativo a cada hora de serviço ao próximo. Os espíritos explicaram isso no livro Nosso lar.
– Podemos considerar que um real é igual a um bônus-hora? – questiona Pedro.
– Não, lá não temos dinheiro assim. Ganhamos em benefícios em nossa vida no plano espiritual. Entenderam?
E todos em coro disseram:
– Não!
E Silvia, com ar de quem havia meditado sobre o que fora explicado, falou:
– Eu entendi, é moeda de troca que não é dinheiro. E a gente ganha quando faz coisas boas. Tudo vai depender das nossas ações.
– Muito bem, Silvia, é isso mesmo.
E todos continuaram com a mesma questão:
– Mas e, aqui na Terra, quanto vale um bônus-hora?
Laurinha, que não estava prestando atenção na conversa, levanta a cabeça e fala:
– Vale um bolo!
Pedro olha pra ela e fala:
– Como?
– Um bolo! Um bolo-hora, como o próprio nome já diz! Agora todo mundo já entendeu! Nossa, gente, quanta pergunta! E isso é tão simples!
Todos riram e falaram pra Laurinha:
– Você nem ouviu o que a gente estava falando. Nem prestou atenção. É bôôôônus-hora! – comentou Lucas.
– Foi o que eu disse: Boooooolus-hora! É um bolo pra cada hora!
Texto do livro: Tem espíritos embaixo da cama?
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