Aula 02: Deus e o infinito

Deus e o Infinito

A questão Deus sempre empolgou o homem na história do pensamento, tornando-se o centro natural de todo processo de conhecimento.

Que é Deus? (LE, perg. 1) Ao que respondem os Espíritos: Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas. Vê-se assim que a Doutrina Espírita define Deus a partir do princípio da causalidade, segundo o qual Deus constitui o fundamento que torna possivel o mundo e os seres. A partir desse conceito, Deus deixa de ser tão somente uma questão de fé, para revelar-se, de forma racional, na Inteligência que rege as formas da natureza.

 

Provas e Atributos da Divindade – Panteismo

 

Provas

a) Não há Efeito sem Causa (LE, perg. 4)

A Doutrina Espírita fundamenta a concepção de Deus a partir do axioma: Não há efeito inteligente sem causa inteligente, e à grandeza do efeito corresponde a grandeza da causa (LE, Prolegômenos).

b) Universalidade do Sentimento Intuitivo de Deus

Poder-se-ia pensar que o conceito de Deus fosse uma questão relativa à cultura dos homens, ou seja, o efeito da educação ou produto de idéias adquiridas. No entanto, se o sentimento da existência de um ser supremo não fosse mais que o produto de um ensinamento, não seria universal, nem existiria, como as noções científicas, senão entre os que tivessem podido receber esse ensinamento (LE, perg. 6).

c) A Ordem do Universo

A Inteligência de Deus revela-se como uma tendência à ordem e harmonia no universo material, e a uma tendência moralizante no uni verso espiritual. (LE, perg, 8)

 

Atributos

1) Deus é eterno.

2) É imutável.

3) É imaterial.

4) É único.

5) É Todo-poderoso.

6) É soberanamente justo e bom.  (LE, perg. 13).

 

Panteísmo

Por Panteismo (Pan tudo, teo Deus), entendo-se o sistema filosófico que identifica a divindade com o mundo, e segundo o qual Deus é o conjunto de tudo quanto existe.

A inteligência de Deus se revela nas suas obras, como a de um pintor no seu quadro; mas as obras de Deus não são o próprio Deus, como o quadro não é o pintor que o concebeu e executou (LE, perg. 16). Consequentemente, o pintor e o quadro não se confundem, mas permanece a ideia do autor enquanto sendo a essência do quadro, da mesma forma Deus e a criação não se confundem, mas permanece a inteligência como sendo a própria essência, geradora e mantenedora da obra.

 

O Maior Mandamento

Certa feita reuniram-se os fariseus, e um deles, doutor da lei, fez a Jesus a seguinte pergunta par prová-lo : Mestre, qual é o maior man damento da lei? Respondeu Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito. Este é o maior e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este é: Amarás teu próximo como a ti mesmo. Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas (Mt 22: 34-40).

Quando Jesus exorta-nos a esse imperativo moral, ele propõe aos homens a vivência do amor, pois este consiste na expressão da natureza divina, assim como a natureza originaria que caracteriza a alma humana. O amor permanece, assim, como sendo a essência divina, ou seja, o liame que liga os homens entre si e com Deus. Efetivamente, esse primeiro mandamento está necessariamente vinculado ao segundo, visto que não se pode amar a Deus sem amar aos homens, nem amar aos homens sem amar a Deus.

Este é somente um breve resumo da aula. Escute o áudio completo com toda a aula narrada e uma breve explicação minha ao final de cada parte.

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