Filmes de terror

As crianças estão conversando e Pedro sugere:

– Vamos assistir a um filme lá em casa?

– Oba! – respondem todos.

– Mas a gente vai de quê, hoje? – já se adianta Jorginho.

– Podemos assistir a um de terror.

– Que legal!

Mas Clara logo interfere:

– Só se for de dia, porque tenho medo de filmes assim de noite.

– Tem medo? – pergunta Jorginho, sendo já interrompido:

– Tenho todos esses filmes, diz Pedro, mostrando os filmes.

Laurinha pega um deles e sugere:

– Vamos ver esse, que é engraçado.

Jorginho insiste no de terror e cada um acaba puxando um filme de sua preferência da caixa.

Começam então a fazer uma votação, quando a mãe de Pedro chega com suco e pipoca para todos.

– Eu não quero ver esse filme, porque tenho medo do escuro — insiste Clara.

— Medo de escuro ou filme de terror? — diz Jorginho, sem entender.

Ouvindo, a mãe de Pedro intervém:

– O medo é uma resposta natural a determinadas situações, uma defesa, por exemplo, quando entendemos que corremos algum perigo.

No caso do filme, há sim pessoas mais sensíveis, como é o caso da Clarinha.

Já comentei da outra vez com vocês. Dependendo de nossos sentimentos, baixamos a sintonia em que vibramos. De felizes, passamos a ficar tristes, com medo.

– Tia, tenho medo, porque sempre penso que tem espíritos no escuro.

A mãe de Pedro continua sua explicação:

– Os espíritos estão em todo lugar, no claro e no escuro, Clarinha. Mas se tivermos uma faixa vibratória muito boa, sem medo, sem tristeza, de bem com a gente mesmo, só vamos ter conectados a nós espíritos bons. Vocês já aprenderam sobre isso, lembram? — diz a mãe de Pedro, antenada no que as crianças vinham estudando nas aulas no centro espírita.

– Entendi – diz Clara.

– Então podemos ver esse filme de terror – apressa-se Pedro.

– Por que vocês não assistem a um filme para dar boas risadas? A alegria e a descontração são excelentes para melhorar a nossa energia. Vai deixar todo mundo em alto-astral! — sugere a mãe.

– Pode ser – diz Pedro ainda com dúvida.

– Assim ninguém fica com medo.

– Já entendemos, tia – diz Laurinha. – Vamos assistir a esse que eu escolhi, que é para rir.

– Pode ser – diz Pedro.

Laurinha sorri e diz:

– Obrigada, tia! Agora entendi por que minha avó falava que “rir é o melhor remédio”.

– Isso mesmo.

E Laurinha dá o filme na mão de Pedro e completa:

– Vamos assistir ao remédio!

Texto do livro: Tem espíritos no escuro?

 

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