Aula 19: Emancipação da alma

O Sono e os Sonhos

O Sono

O sono, para o corpo físico, é comparável à morte, aparente e incompleta; e por isso diz-se comumente que o homem morre todos os dias. Não obstante estar ligado ao corpo durante toda a vida, o Espírito não está tão aprisionado a ponto de não poder desfrutar de uma liberdade relativa; quando o corpo dorme, surgem os sonhos, frestas amplas, através das quais se tem a visão de cenas da Espiritualidade.

O sono é uma função normal de defesa do organismo fisico, pois é através dele que se recuperam as energias despendidas na vigília. O sono é, portanto, um fenômeno fisico que, libertando parcialmente a alma do corpo, propicia o sonho. Na realidade, um terço de sua vida o homem passa dormindo,

 

Os Sonhos

O sonho é a lembrança do que o Espírito vive durante o sono. Nessas horas de libertação, o Espírito adquire mais consciência, podendo ter visões do passado e previsão de coisas que acontecerão no futuro, sendo-lhe viável um contato mais estreito com os Espíritos de ordem mais elevada, desde que ele tenha uma vida equilibrada e moralizada, como também com Espíritos menos puros, se se tratar de um indivíduo de maus instintos ou que vive mergulhado nas coisas deprimentes do mundo. No entanto, não recordamos sempre dos sonhos, porque o corpo é de matéria pesada e grosseira e dificilmente conserva as impressões recebidas pelo Espírito, mesmo porque o Espírito não as percebeu pelos órgãos do corpo (LE, perg. 403)

Pode-se classificar os sonhos em duas categorias distintas: sonhos do subconsciente e sonhos reais ou inteligentes.

 

 

Luiz, André (Psicog. Chico Xavier) – Os Mensageiros, FEB, 1990 Luiz, André (Psicog. Chico Xavier) – Evolução em Dois Mundos – FEB, 1993

 

  1. B) Visitas Espíritas Entre Vivos – Transmissão Oculta do Pensamento

 

Visitas Espíritas Entre Vivos

 

O Espírito, durante o sono, recobra em parte a sua liberdade, ou seja, ele se afasta do corpo. A faculdade que a alma possui de emancipar-se e de desprender-se do corpo durante a vida fisica, pode dar lugar a fenômenos análogos aos que os Espíritos desencarnados produzem. Enquanto o corpo acha-se mergulhado em sono, ou mesmo em estado de vigília, o Espírito, transportando-se a diversos lugares, pode tornar-se visível e aparecer a outras pessoas.

 

Do principio de emancipação da alma durante o sono parece resultar que temos, simultaneamente, duas existência: a do corpo, que nos dá a vida de relação exterior, e a da alma, que nos dá a vida de relação oculta. (…) (LE, perg. 413). No entanto, no estado de emancipação, a vida do corpo cede lugar à da alma, mas não exis tem, propriamente falando, duas existências; são antes duas fases da mesma existência, porque o homem não vive de maneira dupla (LE, perg. 413).

 

O perispírito, tanto do encarnado quanto do desencarnado, é sem pre um envoltório semimaterial, o qual, se visível, tem uma aparência tão idêntica à real, que se torna possível a muitas pessoas estar com a ver dade quando dizem ter visto o encarnado, ao mesmo tempo, em dois pontos diversos.

 

Através dos sonhos, o homem tem a oportunidade de encontrar-se com amigos e parentes. Os laços de amizade, antigos ou novos, reú nem assim, freqüentemente, diversos Espiritos que se sentem felizes em se encontrar (LE, perg.417). Essas visitas são significativas, na medida em que fica, ao despertar, uma vaga intuição, que é origem de certas idéias que surgem espontaneamente.

 

Transmissão Oculta do Pensamento

Todo pensamento irradia as características do estado mental que 0 envolve felizes ou menos felizes. Emitindo uma ideia, o homem passa a refletir as que se assemelham, mantendo-o em comunicação com todas as mentes que tenham o mesmo modo de pensar.

Da mesma forma que os indivíduos influenciam, são também influenciados. Pelos desejos, pela fixação de seus interesses, emitem e captam certa ordem de ideias em regime de influência recíprocas. É nesse regime que, durante o sono, os Espíritos comunicam entre si suas idéias. Portanto, mesmo que a “mente” do homem não queira, o Espírito revela a outros o objeto das suas preocupações.

 

Os Inimigos Desencarnados

“Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (Lucas 6:36).

Em épocas imemoriais, ofereciam-se sacrificios aos deuses a fim de apaziguá-los. Tais deuses, contudo, nada mais eram que Espíritos infelizes, ainda extremamente ligados a interesses materiais. Doutrinas mais evoluídas, posteriormente, deram-lhes outros nomes, porém, na essência, tudo continuou a mesma coisa. O bom senso que caracteriza o Espiritismo não aprova a existência de entidades voltadas inexoravelmente para o mal, porquanto isto seria a negação peremptória da infinita misericórdia de Deus.

Esses seres nada mais são do que as almas dos homens que por ainda não se terem despojado das tendências malévolas, persistem na prática do mal.

 

Este é somente um breve resumo da aula. Escute o áudio completo com toda a aula narrada e uma breve explicação minha ao final de cada parte.

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