Aula 20: Intervenção dos espíritos no mundo corpóreo

Penetração do Nosso Pensamento pelos Espíritos

Um pensador famoso já alertava que “uma falta jamais seria cometida, se o faltoso soubesse estar sendo observado pela pessoa que mais respeitasse”. Ninguém melhor que o espírita consciente para conhecer esta profunda verdade, já que os Espíritos a tudo observam por estarem permanentemente em todo o derredor. E não se trata de um só ou dois. São inúmeros os Espíritos que acompanham o quotidiano dos homens; uma quantidade que se assemelha à multidão das mais movimentadas ruas de uma cidade.

Qual acontece com o indivíduo quando percorre uma via pública, eles, os Espíritos, só se sentem atraídos por aquilo que lhes interessa. Quando o homem transita na multidão, tem sua atenção voltada somente para certos aspectos, como por exemplo, as instruções do guarda de trânsito, os vendedores ambulantes, um rosto preocupado, uma pessoa bem vestida, outra maltrapilha, os sinais do semáforo, os luminosos ou as vitrines. O mesmo ocorre com os Espíritos: apesar das centenas que se agrupam, não vê cada um senão aquelas coisas a que dirige sua atenção, porque eles não se ocupam das que não lhes interessam (LE, perg. 456).

 

Influência Oculta dos Espíritos Sobre Nossos Pensamentos e Nossas Ações

A influência dos Espíritos sobre os pensamentos interferem nas decisões de muitas criaturas, tanto no sentido negativo como no positivo. A alma do encarnado é também um Espírito que pensa. Cumpre atentar para os pensamentos contraditórios que ocorrem sobre um mesmo assunto. Porém, grande é a dificuldade de diferenciar os pensamentos próprios dos que são sugeridos. Os pensamentos próprios são, em geral, os que ocorrem no primeiro impulso (LE, perg. 461).

Se forem na direção do bem, ideias boas virão somar-se e fortalecê-los. Se ao contrário, forem na direção do mal, sugestões das sombras é que prevalecerão, avolumando-se-lhes as consequências negativas; nisto consiste o “orai e vigiai” a que se referiu Jesus.

 

Pagar o Mal com o Bem

Tendes ouvido o que foi dito: Amarás ao teu próximo e aborrecerás ao teu inimigo. Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei o bem ao que vos odeia e orai pelos que vos perseguem e caluniam (Mateus 5:43-44; e Lucas 6:27-28).

Amar é mais abrangente do que sentir ternura. Há um equivoco frequente quanto ao sentido da palavra amor. A emissão de um pensamento negativo gera uma corrente fluídica que causa penosa impressão. O pensamento positivo envolve o ser num eflúvio agradável. É o que ocorre quando da aproximação de um inimigo, ou de um amigo. Assim, amar o inimigo parece uma recomendação, senão impossível, difícil de ser praticada, porque falsamente se supõe ter de dar a um e a outro o mesmo tratamento e o mesmo lugar no coração.

Amar os inimigos é não lhes ter ódio, nem rancor ou desejo de vingança.

 

Este é somente um breve resumo da aula. Escute o áudio completo com toda a aula narrada e uma breve explicação minha ao final de cada parte.

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