Aula 08 – Lei de sociedade

Necessidade da vida Social
Aristóteles, filósofo grego, há milênios já apregoava que “O homem é um animal social”.
O homem foi feito para viver em sociedade, por isso, Deus lhe deu a palavra e todas as outras faculdades
necessárias a vida social. (LE 766)

O isolamento absoluto é contrario a lei natural. O homem procura a vida em sociedade por instinto, pois dentro
do principio de conservação da espécie há necessidade de suprir a alimentação, o abrigo, defesa da família,
portanto, a sociabilidade é instintiva obedecendo ao progresso da Humanidade.
Neste convívio social há o desenvolvimento e burilamento de nossas faculdades intelectuais e morais, bem
como, a permuta constante de afeições, conhecimentos e experiências, levando a regras de procedimento
ditadas pela justiça e pela moral, abstendo-se de tudo que possa destruir.

Vida De Isolamento – Voto De Silêncio
O estado de uma pessoa que se abstêm se priva ou se recusa a falar define-se como vida de isolamento – voto de
silêncio.
A vida solitária por opção revela sempre uma fuga inconcebível, porque indica infração as leis divinas do
trabalho e do amor.
O isolamento é incompatível com o sentimento de fraternidade que deve existir nos corações humanos. Não
sendo o homem dotado, inicialmente, de autossuficiência, condição conseguida pelo trabalho e progresso, ele é
dependente do seu semelhante.
Os cultores da vida reclusa se estiolam pela improdutividade, pela estagnação quanto as aquisições dos tesouros
da sabedoria e da experiência. Segundo os ensinamentos espíritas, isto revela egoísmo e só merece reprovação.
A reclusão absoluta para fugir ao contato do mundo simboliza duplo egoísmo, pois se isolar a pretexto de não
fazer o mal, simboliza a perda da oportunidade de fazer o bem.
A fuga do mundo para se devotar ao alivio dos sofredores, eleva o homem, quando este se rebaixa, trazendo um
duplo mérito, pois se colocam acima dos prazeres materiais, fazendo o bem em cumprimento da lei do trabalho.
Buscar no retiro a tranqüilidade para realizar outros trabalhos, não é o retiro absoluto do egoísta, pois buscam
se isolam para recarregar as energias para trabalhar por esta sociedade.
Deus condena o abuso e não o uso das faculdades, portanto o silêncio não é útil para a concentração – espírito
toma-se mais livre – entra- se em comunicação com a vida espiritual.
O homem, inquestionavelmente, é um ser gregário, organizado pela emoção para a vida em sociedade. O seu
insulamento, a pretexto de sentir a Deus, constitui uma violência a Lei Natural, caracterizando-se por uma fuga
injustificável as responsabilidades do dia-a-dia.

Graças à dinâmica da atualidade, diminuem as antigas incursões ao isolamento, seja nas regiões desérticas para
onde o homem fugia a buscar meditação, seja no silêncio das clausuras e monastérios onde pensava poder
perder-se em contemplação.
O Cristianismo possui o extraordinário objetivo de criar uma sociedade equilibrada, na qual todos os seus
membros sejam solidários entre si.
As relações sociais possibilitam ao homem a oportunidade de fazer o bem e cumprir a Lei de Progresso.

Laços de Família
Augusto Comte nasceu na França em 1798, sec. XVIII. Considerava a família como célula básica da sociedade. Em
todo o processo de evolução da humanidade, como dito anteriormente percebe-se a veracidade desta sabia
observação do filósofo francês. É na família que inicia-se o desenvolvimento dos sensos morais e os laços de
amor que devem ser fortalecidos entre os homens, propiciando-lhes o progresso moral.
É necessário que se entenda que o homem (ser racional) tem a diferença dos animais (seres irracionais)
exatamente pela necessidade da vida moral. Enquanto que o animal tem por principio o instinto de conservação,
protegendo sua cria ate sua independência para cumprir seu papel na natureza; o homem deve manter o vinculo
familiar por toda a encarnação, tendo assim a oportunidade de reajustar-se com seus semelhantes por débitos
passados ou auxiliar-se mutuamente promovendo a renovação moral de sua individualidade.
O relaxamento dos laços familiares é uma exaltação ao egoísmo, ou seja, a perda de oportunidades em uma
existência.

Parentesco e Filiação
Os pais geram a vida corporal aos seus filhos, dando-lhes a oportunidade da reencarnação, tendo em vista que a
alma é indivisível e criada por Deus. Contudo, a convivência em família deve-se a ligações pré-existentes entre
aqueles Espíritos por necessidade de auxilio, aprendizado ou reparação.
O espiritismo, através da reencarnação, exclui a idéia de castas e raças, que são muitas vezes exaltadas pelo
homem, por sua vaidade e orgulho, tendo em vista que muitos podem reencarnar em condição adversa da
anterior, ou seja, um homem pode pertencer a uma família abastada em uma encarnação e na outra poderá vir
em uma família destituída de posses, ou vice-versa, dependendo de sua necessidade de evolução e aprendizado
moral.

Semelhanças Físicas e Morais
As semelhanças morais que em algumas famílias são percebidas, dão-se pela afinidade de inclinações.
Os pais exercem influência moral, através da educação aos filhos e isto é uma tarefa assumida, sendo que a
irresponsabilidade na sua execução gera compromissos futuros. Espíritos menos virtuosos podem pedir pais com
boas qualidades para que possam ser direcionados a um caminho melhor, bem como, as vezes os pais
necessitam conviver com Espíritos desta natureza para seu aprendizado.
Um povo ou uma nação é composto por famílias que são reunidas por Espíritos simpáticos. A similitude de
inclinações boas ou mas irá determinar o caráter daquela sociedade. O caráter moral da existência anterior pode
ser conservado pelo Espírito, contudo, se houve melhoria, ele se modifica. Às vezes demora em reconhecê-las
dependendo de sua condição socioeconômica reencarnante, que pode ser diferente da encarnação anterior.

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