Aula 09 – A lei do Progresso

ESTADO NATURAL E LEI NATURAL
Vamos refletir a respeito de algumas definições importantes para entendermos a “Lei do Progresso”. Ouve-se
dizer muito sobre a Lei Natural, o que nos leva a assumir conceitos iguais para expressões diferentes (LE 776).

Temos de saber que Estado Natural refere-se ao estado primitivo da humanidade, seu ponto de partida, inicio
do desenvolvimento. Já a Lei Natural é aquela que contribui para o progresso da humanidade, rege tudo e todos,
independentemente de sua crença ou nível de evolução. Esta está ligada aos princípios e vontade de Deus,
portanto, perfeita.
À medida que evoluímos, conhecemos mais e mais a respeito da vida, cada vez mais se distanciando do estado
natural, primitivo, como se saíssemos da infância, passando pela adolescência, idade adulta, etc. Essa trajetória
é um dos objetivos da nossa encarnação: a evolução. Diferentemente do que muitos imaginam, quando centram
seus esforços na felicidade a qualquer custo, o objetivo da evolução neste planeta é o aperfeiçoamento através
das múltiplas experiências, existências, provações e missões.
Considerando-se aqui a Lei Natural, aprendemos pela espiritualidade que esta não depende da vontade do
Homem, mas sim da vontade de Deus, seus desígnios e sua perfeição. O Homem se aperfeiçoa à medida que
compreende e pratica essa Lei Natural. Chocar-se contra ela só nos trará prejuízos, dores e decepções, sem falar
no retardamento da evolução.
Durante o período do estado natural, não temos certas necessidades que, depois de certa evolução passamos a
ter. Dessa forma não sofremos tribulações pelas faltas dessas coisas, sentindo um conformismo, o qual nos deixa
num estado de felicidade do bruto. Não podemos ter essa felicidade dos animais, que não raciocinam e não
aspiram a coisas melhores. As crianças também são mais felizes que os adultos (LE 777).

Ao contrário do que podemos pensar quando vemos certas pessoas passarem problemas tão grandes, o Homem
não retrograda, mas progride sempre, sem cessar, por mínimo que seja, mesmo que esse progresso seja imperceptível aos que o acompanham. Somos impulsionados para o progresso quando sentimos uma surda
aspiração, uma íntima energia, misteriosa, mas sublime, que nos encaminha para as alturas, estágios mais
evoluídos. É a Lei do Progresso, a evolução eterna, que guia a Humanidade através das idades e estimula cada
um de nos, porque a Humanidade Sao as próprias almas que, de século em século, voltam para prosseguir com
auxilio de novos corpos, preparando-se para mundos melhores em sua obra de aperfeiçoamento.
Também sabemos que essa Lei de Progresso não se aplica somente ao ser humano no planeta Terra, mas sim a
todo o Universo, também se aplica aos outros seres da criação, tais como os vegetais e animais.
Especificamente falando dos seres humanos, temos uma das maiores provas da justiça divina, a reencarnação.
Uma necessidade indiscutível para nos dar condições desse progresso, essa Lei que tratamos nesse momento. A
medida que passamos por novas experiências, sucessivas encarnações, alegrias e tristezas, vamos caminhando
em direção a perfeição relativa. A morte representa, então, um repouso, uma etapa na longa rota da eternidade.
Depois, é a reencarnação novamente, a valer um como rejuvenescimento para o Espírito em marcha, trazendonos
novas oportunidades para aprendizado e refazer o que não ficou de acordo com os desígnios de Deus.
No desencarne paixões antigas, ignomínias, remorsos desaparecem, o esquecimento cria um novo ser que se
atira cheio de ardor e entusiasmo no percurso da nova estrada. Cada esforço redunda num progresso e cada
progresso, num poder sempre maior. Essas aquisições sucessivas vão alteando a alma nos inumeráveis degraus
da perfeição. Somos assim, o arbitro soberano de nossos destinos, cada encarnação condiciona a que lhe sucede
e, apesar da lentidão da marcha ascendente, estamos aqui a gravitar incessantemente para as alturas radiosas,
onde sentimos palpitar corações fraternais, e entramos em comunhão sempre mais e mais intima com a grande
alma universal – A Potência Suprema.

MARCHA DO PROGRESSO
Para entendermos melhor o progresso, podemos compará-lo ao amanhecer do dia. Mesmo demorando, se faz
lentamente, mas terminara por acontecer, cheio de êxito. Nossa ignorância, envolta pela força ou iludida pela
falsa cultura, frequentemente tenta criar obstáculos e retardar o desenvolvimento da Humanidade. Esse
progresso, inevitavelmente chegará, alterando a face e a constituição de tudo que encontrar pela frente,
incentivando a beleza, tranqüilidade, conforto, etc. Essa marcha inexoravelmente levara o Homem a patamares
mais altos, tirando-o do solo das imperfeições, para sua gloriosa destinação: a perfeição relativa.
Vale reforçar aqui um conceito verificado na prática, o qual mostra que nem todos evoluem ao mesmo tempo e
nem da mesma maneira. Os mais adiantados ajudam os outros a progredir através de várias formas, como o
contato social.
O progresso abrange sempre as duas principais áreas: intelectual e material, além do progresso moral. O
progresso relacionado a intelectualidade e materialidade nota-se pelos avanços da tecnologia, ciências, etc.,
porém, o progresso moral vem sempre por ultimo, uma vez que é uma faculdade superior do homem, aquela
que atesta sua natureza divina e é resultado de um aprimoramento maior.
Recorrendo ao LE 78o, quando Allan Kardec pergunta se “progresso moral e intelectual sempre caminham lado a
lado” recebemos a seguinte resposta: “O progresso moral é conseqüência do progresso intelectual, mas não o
segue sempre imediatamente”. Há duas espécies de progresso que mutuamente se apóiam e, entretanto não
marcham juntos. O progresso intelectual entre os povos civilizados recebe em nosso século todos os estímulos
desejáveis, e por isso atingiu um grau até hoje desconhecido. Houve progresso moral, basta que comparemos os
costumes sociais de alguns séculos atrás com os de hoje e perceberemos que ele ocorreu. Desenvolver o
intelecto é usar as capacidades intelectuais superiores, como o raciocínio e a memória.

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