Aula 14: Vida espírita – parte 2
A Escolha das Provas
No estado errante, antes da nova existência corpórea, o Espírito tem consciência e previsão do que lhe vai acontecer durante a vida. Ele mesmo escolhe o gênero de provas que deseja sofrer; nisto consiste o seu livre-arbitrio (LE, perg. 258). Possuindo a liberdade de escolha, o Espírito é responsável pelos seus atos, assim como das consequências que lhe advierem. Nada lhe estorva o futuro e mesmo que venha a sucumbir às provas escolhidas, ainda lhe resta uma consolação, a de que nem tudo se acabou para ele, pois Deus na sua bondade permite sempre recomeçar o que foi mal feito.
Algumas provas podem ser impostas, em vez de serem escolhidas espontaneamente; isto, porém, acontece apenas com Espíritos inferiores, que revelam-se refratários às orientações dos bons Espíritos, assim como no caso de expiação de faltas, o que obviamente auxiliará o seu progresso.
Relações de Além-túmulo – Relações Simpáticas e Antipáticas
No mundo espiritual, da mesma maneira que no plano material, os Espíritos se reúnem em associações, classes, sociedades, conjugando interesses semelhantes entre os indivíduos. Juntam-se no espaço em aglomerados afins com o seu pensamento, de modo a continuar o mesmo gênero de vida que procuravam quando encarnados.
Porém, nem todos os Espíritos têm acesso, reciprocamente, uns junto aos outros. Os bons vão por toda parte e é necessário que assim seja, para que possam exercer a sua influência sobre os maus. Mas as regiões habitadas pelos bons são interditadas aos imperfeitos, a fim de que não levem a elas o distúrbio das más paixões (LE, perg. 279).
Reconciliar-se com seus Adversários
Reconcilia-te sem demora com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele, para que não suceda que ele te entregue ao juiz, e que o juiz te entregue ao seu ministro, e sejas mandado para a cadeia.
Em verdade vos digo que não sairás de lá, enquanto não pagares o último ceitil (Mt 5: 25-26).
Vários são os motivos para ter indulgência com os inimigos. Primeiramente, porque o perdão tem o efeito moral de libertar os seres que permanecem por vezes longo tempo imantados um ao outro pelo sentimento de ódio e vingança. Perdoar consiste em fazer uma concessão, por amor, o que demonstra a verdadeira grandeza de alma, um verdadeiro gesto de caridade moral.
Em seguida, aqueles aos quais se fez algum mal neste mundo podem, segundo sua condição, experimentar dois tipos de sentimentos: se são bons, perdoam; se são maus, podem conservar o ressentimento e, por vezes, perseguir até numa outra existência. Os Espíritos bons, quando na espiritualidade, compreendem o quanto as dissensões são desnecessárias e os motivos pueris, diante dos valores eternos. Apenas os Espíritos imperfeitos conservam uma espécie de animosidade, até que se purifiquem (LE, perg.293).
Este é somente um breve resumo da aula. Escute o áudio completo com toda a aula narrada e uma breve explicação minha ao final de cada parte.
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